Queria que aprendessem com minha experiência: o professor que criou curso sobre o próprio câncer terminal

Crédito, Divulgação
- Author, Cecilia Barría
- Role, BBC News Mundo
Quando Bryant Lin foi diagnosticado com câncer de pulmão metastático, ele ficou sem palavras.
Os médicos encontraram 50 tumores em seu cérebro e outros ramos em seus ossos, fígado e gânglios linfáticos, o que fez a doença atingir o estágio quatro — o ponto em que se torna incurável.
De um dia para o outro, ele deixou de ser uma pessoa saudável para se tornar um paciente terminal com câncer.
"Fiquei em choque", diz Lin, professor de medicina na Universidade Stanford, na Califórnia.
O que dizer aos seus filhos, Dominic, de 17 anos, e Atticus, de 13, e a Christine Chan, sua esposa?
Lin, como seus pacientes o chamam, diz que em apenas algumas semanas ou por todos os cinco estágios do luto, uma reação bastante incomum, já que a maioria das pessoas demora muito mais para processar as emoções.
"Você começa com a negação, depois com a raiva, e assim por diante, você vai e volta, dando um o para frente e um o para trás, até chegar ao estágio final, que é a aceitação."
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Logo chegou o dia em que ele decidiu que bastava: que reclamar não o levaria a lugar algum e que ele precisava seguir em frente.
É realmente difícil imaginar um ser humano que em tão pouco tempo recebe uma sentença de morte prematura e em seguida se levanta.
"É claro que ter câncer é ruim, mas eu me perguntei: 'Como posso transformar isso em algo positivo");