Cosméticos: quais substâncias nossa pele consegue ou não absorver

Crédito, Getty Images
- Author, Sandy Ong
- Role, BBC Future
Em março de 2021, a influenciadora americana Mikayla Nogueira testou para seus milhões de seguidores no TikTok uma combinação de soro e toner contendo um coquetel de ingredientes da moda. O produto prometia fechar os poros, hidratar a pele e "revelar um brilho refrescante" instantaneamente.
O vídeo tem um minuto de duração. Nogueira aplica os produtos ao seu rosto sem maquiagem e anuncia em seguida: "Esta foi a melhor aplicação de base que já tive na minha vida!" A postagem rapidamente viralizou.
Este exemplo ilustra um movimento que vem ganhando força nos últimos tempos na indústria dos cosméticos: a beleza gerada pelos ingredientes. Os consumidores procuram ingredientes específicos para combater seus problemas de pele.
O toner testado por Nogueira, por exemplo, contém os esfoliantes químicos póli-hidroxiácidos e beta-hidroxiácidos, enquanto o soro inclui vitamina B3 ou niacinamida, que supostamente dá brilho à pele opaca.
É preciso ressaltar que muitos estudos científicos sobre os benefícios desses ingredientes envolvem pesquisadores que são funcionários das companhias de beleza e buscam vender os seus produtos.
Existe uma série de outros ingredientes frequentemente encontrados em produtos para a pele, com diversos benefícios declarados.
A vitamina A e o retinol são indicados para o combate ao envelhecimento; a vitamina C, para dar brilho e proteger a pele contra lesões ambientais; o ácido hialurônico hidrata e reduz as linhas e rugas; a vitamina E cura e suaviza – e a lista não termina por aqui.
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As buscas por ingredientes específicos na loja de luxo online britânica Net-a-Porter aumentaram em cerca de 700% entre 2020 e 2022. E a pergunta "o que faz o soro de retinol");